O caso envolvendo o árbitro Guilherme Malagueta pode ser encaminhado ao Gabinete Central de Combate à Corrupção, após acusações de que ele teria recebido 100 mil meticais para favorecer o Textáfrica de Chimoio em um jogo contra a Associação Black Bulls. A partida, que terminou em confusão, já está sob investigação da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), que está pronta para encaminhar as descobertas aos órgãos de justiça.
Durante a partida, válida pela décima jornada do Moçambola, ocorreram atos de violência por parte dos adeptos do Textáfrica, insatisfeitos com a arbitragem de Guilherme Malagueta, que teria deixado de assinalar um pênalti a favor do time. A polícia foi acionada e usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, resultando em feridos, incluindo jornalistas. Em resposta, a LMF convocou uma reunião de emergência com a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) e os clubes participantes para discutir o ocorrido.
A LMF, em comunicado, afirmou que, se confirmadas as alegações de corrupção, o caso será encaminhado ao Gabinete Central de Combate à Corrupção. Um relatório do delegado da partida revelou que o presidente do Textáfrica, Alfredo Dézima, exigiu a devolução dos 100 mil meticais pagos ao árbitro. O clube, no entanto, nega envolvimento no esquema de suborno. A LMF nomeou uma comissão de inquérito para investigar a verdade dos fatos e aplicar as sanções previstas no regulamento de disciplina, que incluem rebaixamento de divisão e multas pesadas.