Relatório do GIFIM aponta os supostos mandantes de raptos

O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) revelou que os mandantes dos sequestros no país são principalmente de origem asiática, com antecedentes criminais, e utilizam complexas redes de lavagem de dinheiro para movimentar os resgates obtidos.

O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) revelou que os mandantes dos crimes de raptos e sequestros no país são, em sua maioria, oriundos do continente asiático e possuem antecedentes criminais. Esses indivíduos, frequentemente nacionais ou com nacionalidade adquirida, são responsáveis por ordenar o sequestro de empresários em Moçambique, conforme o mais recente relatório estratégico da instituição.

O relatório, que analisou dados de 2014 a 2024, concluiu que muitas das vítimas também são de origem asiática e frequentemente são empresários ou seus familiares. Os executores dos sequestros são provenientes de várias partes do mundo, incluindo a África do Sul, e alguns possuem nacionalidade moçambicana. Esses criminosos sequestram suas vítimas, exigindo resgates que, nos últimos dez anos, somaram mais de 33 milhões de dólares norte-americanos.

O GIFIM também identificou indícios de envolvimento de membros das Forças de Defesa e Segurança, advogados, empregados bancários e outros profissionais nos crimes de rapto. O dinheiro dos resgates é frequentemente lavado através de contas bancárias de familiares ou empresas controladas pelos criminosos, sendo posteriormente transferido para vários paraísos fiscais, como Dubai e Hong Kong. O relatório recomenda a denúncia dos casos suspeitos para combater essa rede criminosa.

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