Os principais candidatos às eleições presidenciais de Moçambique prometem desde redução do custo de vida e melhoria da infraestrutura até a redistribuição de riquezas. |
Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segue uma linha mais populista, prometendo uma redução drástica no custo de vida. Simango comprometeu-se a baixar o preço de produtos de primeira necessidade, como o açúcar, e a criar mais empregos para os jovens. A crítica de Simango ao governo da Frelimo vai além de questões econômicas; ele compara a atual gestão a uma nova forma de colonialismo, chamando seus adversários de "novos colonos". Sua plataforma promete combate à corrupção e foco na redistribuição de recursos, garantindo que todos os moçambicanos tenham acesso a educação de qualidade e um sistema de saúde eficiente.
Por outro lado, Venâncio Mondlane, do partido PODEMOS, foca-se na redistribuição de riquezas e na devolução de Moçambique aos seus cidadãos. Mondlane criticou duramente o monopólio de certos grupos na comercialização de inertes, prometendo que os recursos extraídos de locais como Muamba beneficiarão diretamente a população local. Ele também se comprometeu a melhorar as condições agrícolas, oferecendo mais acesso a água e adubos para os pequenos agricultores. Sua mensagem de "devolver Moçambique aos moçambicanos" tem como objetivo mobilizar eleitores que se sentem excluídos pelos grupos no poder.
Ossufo Momade, da Renamo, aposta na construção de infraestrutura básica como estradas, escolas e hospitais, especialmente nas regiões menos desenvolvidas, como Sofala. Para Momade, o desenvolvimento de Moçambique passa por garantir que as zonas rurais tenham os mesmos recursos que as áreas urbanas. Além disso, ele apresentou André Magibire como candidato a governador de Sofala, reforçando a importância de descentralizar o poder e trazer o desenvolvimento a nível provincial.
Com propostas que vão desde a redução do custo de vida, passando por melhorias agrícolas, até a expansão de infraestrutura, os candidatos tentam captar eleitores de diferentes classes e regiões. No entanto, a questão central continua: até que ponto essas promessas representam uma mudança real ou apenas a perpetuação de um ciclo de promessas não cumpridas? A eleição de 9 de outubro trará à tona a resposta que o povo moçambicano anseia.